O Brasil perdeu, na manhã desta segunda-feira (8), uma de suas artistas mais intensas e inesquecíveis. A cantora e compositora Angela Ro Ro, dona de uma voz inconfundível e de um estilo que atravessou gerações, partiu aos 75 anos, deixando um vazio profundo na música popular brasileira.
Internada desde junho no Hospital Silvestre no Rio de Janeiro
Internada desde junho no Hospital Silvestre, no Cosme Velho, Zona Sul do Rio de Janeiro, Angela enfrentava uma luta delicada contra uma infecção pulmonar grave. Entre altos e baixos, chegou a passar por uma traqueostomia, mas nunca perdeu a coragem que sempre a acompanhou nos palcos e na vida.
Nos últimos dias, uma nova infecção agravou seu quadro, e nesta manhã seu coração não resistiu. De acordo com a certidão de óbito, a causa da morte foi infecção generalizada e pneumonia bacteriana.
Mais do que uma cantora, Angela Ro Ro foi um símbolo de autenticidade e intensidade
Mais do que uma cantora, Angela Ro Ro foi um símbolo de autenticidade e intensidade. Com sua voz rouca, carregada de emoção, transitava entre o blues, o samba-canção, o bolero e o rock, sempre imprimindo sua marca pessoal em cada canção. Seus versos falavam de amor, dor, liberdade e coragem — sentimentos que ecoaram fundo na alma de quem a escutava.
Autêntica e visceral, Angela nunca foi apenas uma intérprete: foi confissão, entrega e verdade. Sua presença no palco arrebatava, sua risada era contagiante, e sua força inspirava gerações de artistas e admiradores.
Hoje, a música brasileira se despede de uma de suas maiores vozes, mas sua arte seguirá viva — como um sussurro rouco e eterno, lembrando que a vida, mesmo em suas dores, pode ser cantada com intensidade e beleza.