Uma tempestade de areia ou tempestade de poeira é um dos fenômenos denominados litometeoros e ocorre quando a umidade relativa do ar é mais baixa que 80% permitindo a suspensão de partículas em sua maioria sólidas mas não aquosas pelo ar. O resultado pode ser a névoa seca, tempestade de areia (ou poeira), turbilhão de areia (ou poeira).
A tempestade de poeira propriamente dita se trata de uma grande massa de partículas de poeira, ou areia que é deslocada por ventos turbulentos e fortes e elevadas do solo até a uma altura considerável. Algumas vezes esses fenômenos são provocados por redemoinhos de vento (dust devils)
São mais freqüentes em regiões com grande quantidade de areia e baixa umidade, como desertos.
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Tempestade de areia próximo ao Delta do Nilo, vista pela EEI.
Tempestades de areia são vistos na patagônia argentina, nas grandes planícies norte-americanas (década de 1930), no Oriente Médio, na Austrália e na Ásia Central, além do deserto do Saara.
Tempestade de areia causa estragos no Mato Grosso do Sul
O dia virou noite em Mato Grosso do Sul neste entre sexta (15) e este sábado (16). Em Campo Grande, muita poeira foi levantada e o aeroporto registrou rajadas de vento de 94 Km/h, segundo a MetSul Metereologia.
Em algumas regiões do estado, houve explosões de cabos de energia e quedas de árvore. Até as 21h de sexta-feira (15), cerca de 4 mil residências estavam sem luz, e o comércio relatou prejuízos de cerca de R$ 30 mil pelo período sem energia.
Tempestades de poeira podem se tornar comuns com o tempo, diz meteorologista
Na última sexta-feira (16), uma tempestade de poeira tomou conta de cidades do Mato Grosso do Sul com rajadas de vento que atingiram até 95 quilômetros por hora, derrubando mais de 60 árvores só na capital Campo Grande. Em entrevista à CNN, a meteorologista da Climatempo, Doris Palma, explicou o que causa o fenômeno.
De acordo com a meteorologista, as nuvens de poeira são uma combinação de vários fatores. “É comum nessa época do ano que antes da chuva chegar a gente tenha fortes rajadas de vento atuando sobre algumas regiões do Brasil. Esses ventos intensos, combinados com o solo seco devido a falta de chuva dos últimos meses, levantou toda essa poeira, que se misturou com essas nuvens de tempestade”.
Doris conta que essas tempestades ocorrem também por conta da intervenção humana. “A gente observa que essas tempestades de poeira normalmente ocorrem em grandes áreas de pasto e agrícolas. Se tivéssemos uma vegetação mais densa, com árvores e uma vegetação nativa, talvez não observássemos esse fenômeno ocorrendo com tanta frequência”, disse.
A formação dessas nuvens de poeira pode se tornar mais comum nos próximos anos. “De acordo com o relatório do IPCC [Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas], ao longo das próximas décadas essas secas tendem a se tornar mais frequentes e prolongadas no Brasil central. Com esses eventos de seca na região Centro-Oeste e parte da região Sudeste, talvez se torne cada vez mais comum a gente observar esse tipo de fenômeno”, afirmou.
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Tempestades de poeira podem se tornar comuns com o tempo, diz meteorologista